Semanas atrás estava voltando da faculdade para casa, quando parei num congestionamento. O trânsito ia lento, os motoristas buzinando; estavam ao redor de mim caminhões e ônibus; até que mais à frente vi policiais, um carro, e uma moto no chão.
Era um acidente. Os policias mandaram passar rápido. Quando o fiz, vi uma pessoa no chão não se sentindo muito bem. E havia outras acidentadas.
Orei por aquelas pessoas. Sabe, eu não sabia como elas estavam. Será que era grave? Será que alguém havia morrido?
Sabemos que essa cena não é rara. Infelizmente, diariamente, vemos acidentes como esse. Mas fico refletindo: todos os dias a porta graça se fecha para alguém. E o que temos feito para essas pessoas? Será que conheciam a Jesus? Será que vão estar no Céu?
Às vezes vivemos uma vida egoísta. Acordamos, vamos ao trabalho, estudamos, nos divertimos, voltamos para casa. E por nos preocupar tanto com nossos próprios afazeres, acabamos por esquecer quem está ao nosso lado ou até do nosso Deus que está sempre conosco.
Olha o que diz esse texto do livro “O Desejado de Todas as Nações”, pág.825:
”O amor divino moveu-se a suas insondáveis profundidades em favor dos homens, e os anjos maravilham-se de ver nos objetos de tão grande amor uma gratidão meramente superficial. Os anjos pasmam de quão limitada é a apreciação que o homem tem do amor de Deus. O Céu se indigna ante a negligência manifestada para com a alma dos homens.”
Precisamos nos envolver mais a cada dia em “viver para os outros”. Isso envolve não apenas um relacionamento com uma pessoa, mas tentar compreender o que ela sente. É mais do que isso, é se por no lugar dela, e fazer o que eu gostaria que fizesse comigo se eu estivesse no seu lugar. “Viver para os outros” é não querer só a minha felicidade, mas fazer os outros felizes. É não objetivar só o meu sucesso, mas também desejar o sucesso dos outros. É tão simples: é só ser como Jesus. Fazer o que Ele faria se Ele estivesse em nosso lugar.
“Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos.” Mateus 20:28
Admiro Jesus, porque aquelas mãos que nunca fizeram mal algum, aqueles pés que tantas vezes se fadigaram em prol dos seres humanos foram machucados por aqueles pra quem Ele vivera. Admiro-O, porque mesmo naqueles momentos de tanta dor disse: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lucas 23:34); porque dizia “amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem” (Mateus 5:44); e não bastava simplesmente tolerar os inimigos, mas realmente amá-los e Ele fazia isso.
“O Espírito e a esposa dizem: Vem. E quem ouve, diga: vem.” Apoc. 22:17. Todo aquele que ouve deve repetir o convite. Seja qual for a vocação de uma pessoa na vida, seu primeiro interesse deve ser ganhar almas para Cristo. Talvez ela não seja capaz de falar às congregações; pode, no entanto, trabalhar em favor dos indivíduos. Pode comunicar-lhes as instruções recebidas do Senhor. O ministério não consiste apenas em pregar. Exercem-no os que aliviam os doentes e os sofredores, ajudam os necessitados, dirigem palavras de conforto aos desanimados e aos de pouca fé. Por perto e por longe encontram-se almas vergadas ao peso de um sentimento de culpa. Não são as penas, as labutas, a pobreza que degradam a humanidade. É a culpa, o mau proceder. Isso traz desassossego e descontentamento. Cristo quer que Seus servos ajudem as almas enfermas de pecado.“ DTN, pág. 822:3
“Deus Se serve muitas vezes dos mais simples meios para produzir maiores resultados” Patriarca e Profetas, pág. 823
Temos que para de egoísmo e “viver para os outros”. Só através de Jesus podemos fazê-lo.