“Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos.” Jeremias 15:16
O povo de Judá, quando Josias iniciou o seu reinado, vivia um período de grave crise espiritual. Por muitos anos o livro da lei havia sido ignorado, ficando o povo privado de sua orientação e ensinos. Sem a santificadora influência da revelação escrita, Judá se apartou de Deus, seguindo os ínpios e tortuosos caminhos da idolatria.
Uma das primeiras realizações de Josias, inaugurando o seu reinado foi a reparação e limpeza do templo abandonado. Hilquias, o sumo sacerdote, administrando as obras de restauração do santuário, por acaso, encontrou em uma das dependências do vistoso edifício, o livro da lei, que até então estava perdido. Aquele precioso achado revolucionou surpreendentemente a vida nacional.
Tomando em suas mãos esta copia do livro da lei, o piedoso rei de Judá, com o coração comovido, “subiu à casa do Senhor, e com eles todos os homens de Judá… e leu aos ouvidos deles todas as palavras do livro. … E o rei se pôs em pé junto à coluna, e fez o concerto perante o Senhor, para… “guardarem os Seus Mandamentos, com todo o coração e toda alma”, confirmando as palavras deste concerto, que estavam escritas naquele livro” – II Reis 23:2 e 3.
Com efeito, o rei tomou o livro e o leu perante o povo e a influência transformadora da Palavra Inspirada se fez sentir em forma admirável na vida de Judá. Houve um expurgo completo de tudo quanto desagradava ao Senhor. Feiticeiros e adivinhos; ídolos e terafins; e todas as práticas abomináveis do paganismo foram proscritos, porque não se harmonizavam com as instruções contidas no manuscrito providencialmente encontrado por Hilquias.
Eis aí o poder maravilhoso do Livro de Deus na vida de um povo. Distanciados da revelação escrita, os homens se corrompem e se desviam da justiça. Tomando o livro e assimilando os seus ensinos, os homens se arrependem de suas rebeliões e voltam-se com humildade ao Senhor em busca de perdão.
Falamos com insistência sobre a necessidade de um grande reavivamento espiritual em nossos dias. Mas assim como nos dias de Josias o despertamento que tanto anelamos só ocorrerá quando regressarmos à Bíblia.
Como o homem faminto busca afanosamente o alimento para calar o clamor da fome, assim devemos buscar a Palavra. Disse o profeta: “Achando-se as Tuas palavras, logo as comi, e a Tua Palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração” (Jeremias 15:16). E outra vez sentenciou Davi: “Oh! Quão doce são as Tuas Palavras ao meu paladar! Mais doce do que o mel à minha boca” (Salmo 119:103).
A laboriosa abelha se aproxima da flor e, com os seus instrumentos naturais, dela extrai os elementos indispensáveis para a produção do mel. Assim, a leitura constante e atenta das Escrituras produzirá doçura para nossos lábios, gozo e alegria para os nossos corações.
Se soubéssemos que um cheque ao portador, de apreciável valor, se encontra escondido entre as páginas de nossa Bíblia, por certo haveríamos de folheá-la, página por página, até achá-lo. Porém algo de mais elevado valor se encontra escondido entre suas páginas. A vida eterna em Cristo Jesus.
De acordo com uma pesquisa conduzida em um país cristão, de cada cem pessoas entrevistadas, somente dez confessaram ler sistematicamente a Bíblia. E apenas cinco por cento afirmaram estar lendo a Bíblia mais freqüentemente do que o faziam no passado.
Como podemos nós descuidar de tal tesouro, quando sabemos que a nossa salvação se assenta em suas preciosas promessas?
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Pr. Jeú Caetano